26 de maio de 2023
DDurante a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, os líderes anunciaram a imposição de novas sanções à Rússia e prometeram mais apoio à Ucrânia.
No dia 19, de acordo com a Agence France-Presse, os líderes do G7 anunciaram durante a cúpula de Hiroshima seu acordo para impor novas sanções à Rússia, garantindo que a Ucrânia receba o apoio orçamentário necessário entre 2023 e o início de 2024. Já no final de abril, a mídia estrangeira revelou que o G7 estava considerando "a proibição quase total de exportações para a Rússia". Em resposta, os líderes do G7 declararam que as novas sanções "impediriam a Rússia de acessar a tecnologia, os equipamentos industriais e os serviços dos países do G7 que apoiam sua máquina de guerra". As sanções incluem restrições à exportação de itens "cruciais no campo de batalha contra a Rússia" e visam entidades acusadas de auxiliar no transporte de suprimentos para as linhas de frente da Rússia.
Em resposta a isso, a Rússia rapidamente emitiu um comunicado. O jornal russo "Izvestia" noticiou na época que Dmitry Peskov, secretário de imprensa do presidente, declarou: "Estamos cientes de que os Estados Unidos e a União Europeia estão considerando ativamente novas sanções. Acreditamos que essas medidas adicionais certamente afetarão a economia global. Isso só agravará o risco de uma crise econômica global." Além disso, no início do dia 19, os Estados Unidos e outros países-membros já haviam anunciado suas respectivas novas sanções contra a Rússia.
A proibição inclui diamantes, alumínio, cobre e níquel!
No dia 19, o governo britânico emitiu um comunicado anunciando uma nova rodada de sanções contra a Rússia. O comunicado mencionava que essas sanções visavam 86 indivíduos e entidades, incluindo as principais empresas russas de energia e transporte de armas. Antes disso, o primeiro-ministro britânico Sunak anunciou a proibição da importação de diamantes, cobre, alumínio e níquel da Rússia. Estima-se que o comércio de diamantes na Rússia tenha um volume anual de transações de cerca de 4 a 5 bilhões de dólares americanos, gerando receitas fiscais cruciais para o Kremlin. Há relatos de que a Bélgica, um estado-membro da UE, é um dos maiores compradores de diamantes russos, juntamente com a Índia e os Emirados Árabes Unidos. Os Estados Unidos também são um importante mercado para produtos de diamantes processados.
No dia 19, de acordo com o site do jornal russo "Rossiyskaya Gazeta", o Departamento de Comércio dos EUA proibiu a exportação de certos telefones, gravadores de voz, microfones e eletrodomésticos para a Rússia. Mais de 1.200 tipos de mercadorias foram proibidas de serem exportadas para a Rússia e a Bielorrússia, e a lista correspondente foi publicada no site do Departamento de Comércio. O relatório afirma que os produtos restritos incluem aquecedores de água elétricos sem tanque ou com armazenamento, ferros de passar elétricos, micro-ondas, chaleiras elétricas, cafeteiras elétricas e torradeiras. Além disso, o fornecimento de dispositivos como telefones com fio, telefones sem fio e gravadores de voz para a Rússia é proibido.
Yaroslav Kabakov, Diretor Estratégico do Finam Investment Group na Rússia, declarou: “As sanções impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos à Rússia reduziram as importações e exportações. Sentiremos o impacto severo dentro de 3 a 5 anos.” Ele mencionou que os países do G7 elaboraram um plano de longo prazo para pressionar o governo russo. Além disso, segundo relatos, 69 empresas russas, 1 empresa armênia e 1 empresa quirguiz foram alvo das novas sanções. O Departamento de Comércio dos EUA declarou que as sanções visam o complexo militar-industrial russo, bem como o potencial de exportação da Rússia e da Bielorrússia. A lista de sanções inclui fábricas de reparo de aeronaves, fábricas de automóveis, estaleiros navais, centros de engenharia e empresas de defesa.
Resposta de Putin: Quanto mais sanções e calúnias a Rússia enfrenta, mais unida ela se torna
No dia 19, segundo a TASS, durante uma reunião do Conselho Russo de Relações Interétnicas, o presidente russo Putin afirmou que a Rússia só pode se tornar forte e "invencível" por meio da unidade, e sua sobrevivência depende disso. Além disso, conforme relatado pela TASS, durante a reunião, Putin também mencionou que os inimigos da Rússia estão provocando alguns grupos étnicos dentro da Rússia, alegando que é necessário "descolonizar" a Rússia e dividi-la em dezenas de partes menores.
Além disso, simultaneamente ao cerco à Rússia pelo Grupo dos Sete (G7), liderado pelos Estados Unidos, o presidente russo Putin anunciou uma importante proibição contra os Estados Unidos. No dia 19, segundo a CCTV News, a Rússia emitiu um comunicado afirmando que proibiria a entrada de 500 cidadãos americanos em resposta às sanções americanas contra a Rússia. Entre essas 500 pessoas estão o ex-presidente Obama, outros altos funcionários ou ex-funcionários e legisladores americanos, profissionais da mídia americana e chefes de empresas que fornecem armas à Ucrânia. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou: "Washington já deveria saber que quaisquer ações hostis contra a Rússia não ficarão sem resposta".
De fato, esta não é a primeira vez que a Rússia impõe sanções a cidadãos americanos. Já em 15 de março do ano passado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou sanções contra 13 autoridades e cidadãos americanos, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, o secretário de Estado Blinken, o secretário de Defesa Austin e o chefe do Estado-Maior Conjunto, Milley. Esses indivíduos incluídos na "lista de proibição de entrada" russa estão proibidos de entrar na Federação Russa.
Naquela época, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia também alertou em um comunicado que, em um "futuro próximo", mais indivíduos seriam adicionados à "lista negra", incluindo "altos funcionários dos EUA, oficiais militares, membros do Congresso, empresários, especialistas e profissionais da mídia que promovem sentimentos antirrussos ou incitam o ódio contra a Rússia".
FIM
Data de publicação: 26 de maio de 2023










